“Alguém que amou a vida e irradiou alegria e esperança de um jeito ímpar, através de pequenos grandes gestos e humildes palavras. Alguém que partilhou o que tinha de melhor com todas as criaturas que cruzavam o seu caminho. Assim conheci o Celso em seus últimos anos quando se foi ainda tão jovem. Mergulhado como secretário, professor e orientador na Escola de Melgaço, não havia uma criança que não lhe tinha apreço e carinho. Ali ele se dividia em múltiplas tarefas vivendo, antes de tudo, o que queria ensinar. Ele sempre foi um apaixonado pela educação e o fazia com poesia.
Sabia olhar como ninguém dentro da alma das pessoas e lia nos olhos das crianças a sua dor e ouvia o grito mudo por carinho e respeito. Emprestava sua voz aos gritos sufocados e quando a sua voz também não era entendida ele a traduzia em poesia.
A mensagem escrita que o Celso nos deixou de forma alguma substitui a mensagem viva que ele foi, mas ela nos fará lembrar que podemos pensar diferente do que a mídia nos quer fazer pensar.”
Anivaldo Kuhn